Tricotecenos formam parte de um grupo de metabólitos tóxicos quimicamente semelhantes. São produzidos por várias espécies dos gêneros Fusarium, Cefalosporium, Myrothecium, Stachybotrys e Trichoderma.
São divididos basicamente em dois grupos:
- tipo A: toxina T-2, toxina HT-2 e diacetoxyscirpenol;
- tipo B: deoxinivalenol (DON ou vomitoxina), 3-acetil-deoxinivalenol, 15-acetil-deoxinivalenol, fusarenon-X e nivalenol.
Ocorrem globalmente como contaminantes naturais de grãos e se formam principalmente em condições de alta umidade. DON é o tricoteceno que mais frequentemente contamina grãos de cereais, sendo sua ocorrência associada a outras micotoxinas de Fusarium, como fumonisinas e zearalenona.
Suínos e outros animais monogástricos são muito sensíveis à ação dos tricotecenos. Há recusa de alimentos, vômito e diminuição no ganho de peso, resultando em inibição da síntese proteica e comprometimento da resposta imune. Diarreia com sangue, dermatite, salivação, hemorragias, abortos e distúrbios do sistema nervoso também são relatados.
Sinais clínicos causados por DON e sensibilidade por espécie: